terça-feira, 16 de abril de 2013

Especial: Com isenções e incentivos fiscais


Canadá vira polo de games


Dos dez jogos mais vendidos em 2012, segundo o NPD, dois vieram do Canadá: “Assassin’s Creed III” e “FIFA 13”. Graças às políticas de incentivos fiscais de estados como Quebec e Ontario, que podem chegar a 40%, somadas a outros fatores como um forte fomento à cultura digital, nos últimos anos o país atraiu dezenas de desenvolvedoras de games, incluindo Ubisoft, Electronic Arts e Eidos.
“No Canadá o videogame é parte da cultura”, explica Alain Tascan, veterano da indústria local – ele fundou os estúdios de Ubisoft e EA na cidade de Montreal. “Há muito talento jovem por aqui, além de boas universidades e uma cultura que concilia arte e tecnologia”, completa. Com governo, indústria e academia trabalhando em sinergia, os resultados logo começaram a surgir.
Mas são mesmo os incentivos fiscais que fazem a diferença na hora de fechar as contas: no estado de Quebec, onde está Montreal, cerca de 30% do dinheiro pago em salários retorna às empresas – a fatia pode chegar a 37,5% caso a obra em questão seja produzida no idioma francês.
“É claro que não podemos contar com isso [incentivos fiscais] para sempre, mas como executivo você quer os melhores talentos pelo melhor preço”, explica Tascan. O executivo estava lá em 1997, na fundação da Ubisoft Montreal, considerado o pontapé inicial no processo de atração de empresas de games para o Canadá. Hoje o estúdio, que recentemente lançou “Assassin’s Creed III” e “Far Cry 3”, conta com 2.100 funcionários.
Há até mesmo uma ferrenha “competição” entre certos estados pelas empresas de games: os incentivos fiscais de Ontario, onde fica Toronto, são de 40% e se aplicam não somente aos salários, mas também às áreas de marketing e distribuição. A oferta agressiva atraiu a Rockstar, que mudou para Toronto, deixando para trás Vancouver, que fica no estado de British Columbia e oferece “apenas” 17,5% de crédito em despesas com salários.


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